E o que temiam aconteceu, para minha diversão: Os acionistas do Twitter ficaram putos por trem perdido dinheiro e pressionaram a diretoria. a chamada “poison pill”, a pílula de veneno, não funcionou, e isso porque é fácil você ser rico e dizer não para uma oferta tentadora. Acontece que poison pill é uma defesa que não é pra salvar uma empresa que só dá prejuízo, é pra não vender e continuar no preju. Isso e ótimo quando você um sheik árabe ricaço, mas e o investidor médio? Bem, este pulou que nem pipoca e conseguiu: Twitter foi vendido para Elon Musk, pagando um valor de US$ 44 bilhões.
Continuo me divertindo.
A começar pelas espetadas:
Começou a choradeira de gente dizendo que ia apagar a conta (curiosamente, ainda não apagaram).
O Wall Street Journal, sempre comedido, trouxe que:
[O] Twitter mudou a sua postura depois que Musk detalhou elementos de seu plano de financiamento para a aquisição. Em 21 de abril, ele disse que tinha US$ 46,5 bilhões em financiamento. As ações do Twitter subiram acentuadamente e os executivos da empresa abriram as portas para as negociações.
Tradução: ficaram de olho grande, mas o divertido foi o que o Washington Post dissera antes:
A nomeação de Musk para o conselho do Twitter mostra que precisamos de regulamentação das plataformas de mídia social para impedir que pessoas ricas controlem nossos canais de comunicação. Para começar, precisamos de definições consistentes de assédio e de conteúdo que viole a privacidade pessoal. A maioria das empresas, eu suspeito, gostaria de tais regulamentos: eles dariam aos executivos cobertura para fazer coisas que eles sabem que devem ser feitas, mas que eles têm medo de tentar, por medo de reação política ou revolta de alguns usuários. Se as plataformas continuarem pressionando pelo crescimento a todo custo – sem essas regulamentações – as pessoas continuarão sendo prejudicadas. As pessoas prejudicadas serão desproporcionalmente aquelas que foram prejudicadas por séculos – mulheres e membros de grupos raciais e étnicos marginalizados. As pessoas que se beneficiam da ampliação irrestrita de seus pontos de vista também serão as mesmas pessoas que se beneficiaram desse privilégio por séculos
Uma pessoa que trabalha num jornal é contra a ampliação de pontos de vista. Pelo que sei, a primeira coisa que autocracias fazem é exatamente impedir a ampliação de livre expressão. O Charles Hebdo que o diga. Chega em Cuba, Rússia, China ou Coreia do Norte e diga que o grande líder deles é um corno, babaca, fidaputa. Aqui eu posso xingar o puto do presidente. m jornal ser contra liberdade de expressão só não é mais irônico que o fato deste jornal ser de propriedade de Jeff Bezos, que não é bem um pobre favelado.
Enquanto isso, a diversão das drama queens:
E tudo isso pode ser rastreado até o dia:
Como o dia está maravilhoso! Espero que quem ameaçou apagar a contra caso ele tivesse comprado cumpra o que prometeu.
Caderno de Informática 
2022 e tem gente que leva Twitter a sério?
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