As redes sociais acabaram. CAPUT! Elas não mais existem, e o que sobrou são apenas cadáveres putrefatos do que outrora foi criado para para pessoas conversarem, fazerem amigos, se distraírem. Agora é uma guerra de egos e ver quem lacra mais, quem se posiciona como tendo moral superior. Para onde foram as redes?
O Pedro Dória disse que o TikTok matou as redes sociais, mas eu discordo. Dória cita Scott Rosenberg que a Era das Redes Sociais tenha passado como a Era dos Blogs e a Era dos Sites Pessoais. Ele acha que Rosenberg está possivelmente certo, e até pode estar, mas não como Dória pensa.
Eu atribuo a um pequeno detalhe: a profissionalização.
Eu sempre disse que o que matou os blogs foram os probloggers, ou blogueiros profissionais. A mesma coisa aconteceu com o Facebook, Instagram e Twitter. Ao criar as contas verificadas, as redes entenderam que assim era fácil diferenciar quem era Bill Gates de um babaca postando alguma insanidade. Foi uma correria. Todo mundo queria ser famoso, todo mundo queria ter conta verificada. Quem tinha acabou ganhando vários seguidores numa profusão “Notice Me Senpai”.
Facebook começou como uma rede egocêntrica em que você vai postando as as suas coisas, mas o consumo é péssimo. Você posta e ninguém vê, porque você precisa pagar para que suas postagens apareçam para todos os seus seguidores. É péssimo para consumo de informação/conteúdo.
No caso do Twitter, ele fio pensado para ser um microblog. Virou uma mesa de bar. Nada de errado com isso, mas, depois, mais uma vez, a praga dos perfis verificados estragou. Isso além daquelas malditas threads quilométricas, que poderiam caber num blog, mas o imediatismo grosseiro obriga que seja ali. Blog não tem selo de verificado, Twitter tem. Haja vista que isso está até virando pauta de jornais preguiçosos, em que mentiras e fanfics viram manchetes.
Não, Dória. Não foi o Tik Tok que está matando as redes sociais. Tik Tok é só pro cara colocar seus vídeos toscos e rápidos, onda que o Instagram foi atrás e até o YouTube. O que matou foi o profissionalismo e egocentrismo das pessoas. Como o Curiouscat não vingou (uma plataforma para quem se acha importante a ponto de querer dar entrevista, como se fosse alguém digno de nota), apelaram para plataformas que lhes façam estrelas e influenciadores.
Reitero: é isso que matou toda a Internet, seja brasileira ou internacional.
Vocês perceberam que não falei do Orkut, né? Bem, ele só fazia sucesso no Brasil, mesmo. E morreu antes do estrelismo dos perfis verificados. Pelo menos isso. Que a terra lhe seja leve.
Negócio é a gente fazer do Twitter um quadro de postagens de blog e levar a conversa de bar pros comentários dos blogs.
Facebook, o que tenho a ver? Pode morrer à vontade, aquela rede sempre foi uma merda.
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Twitter está praticamente me servindo como RSS com alguma interação, mas todo dia me dão motivos para não perder tempo com interação lá
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Sei que pode parece um tanto autoritário, mas por mim, TODAS as redes sociais poderiam morrer que eu não ia sentir falta alguma.
Muito pelo contrário.
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Algo me diz que você, André, não é muito fã dos blogueiros profissionais.
E eu tive que pesquisar para ver qual é a desse tal de CuriousCat que eu nunca ouvi falar. Mas talvez porque eu seja antissocial mesmo.
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